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Ainda dá tempo de mudar o rumo do clima no planeta?

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Foto: Brasil Escola

O G1 publicou uma reportagem semana passada sobre as mudanças climáticas que me chamou a atenção de como é preocupante o caminho que estamos traçando com o negacionismos ambiental, infelizmente por grande parte da população mundial. Vale lembrar que a pauta ambiental tem que ser uma pauta de todos, meio ambiente não é uma questão de ser de esquerda ou direita, é uma pauta de toda sociedade, afinal o aquecimento global atinge a todos.

O g1 ouviu 33 centrais da ciência e do ativismo climático. Eles apontam prioridades até 2050 e explicam se ainda é possível evitar os piores cenários.

Vou abaixo transcrever na integra a reportagem da jornalista do G1 Poliana Casemiro do G1.

Ainda dá tempo de mudar o rumo do clima no planeta?

Por Poliana Casemiro, g1

O g1 reuniu 33 dos principais nomes entre pesquisadores de referência mundial, ambientalistas e personalidades com voz ativa no debate climático para responder a uma pergunta central: qual é o futuro do planeta?

Eles estiveram na linha de frente da ciência, das negociações internacionais e da defesa da floresta e agora compartilham suas visões.

As respostas, reunidas ao longo de meses de apuração, revelam um consenso e um alerta: o tempo está se esgotando.

Da transição energética à proteção das florestas, das mudanças no modelo de consumo à urgência de adaptação, os entrevistados apontam quais devem ser as prioridades globais até 2050 — e o que ainda é possível salvar.

Se você pudesse apertar um botão de emergência para o planeta, em qual área ele deveria agir?

Para os entrevistados, a raiz da crise climática está no modelo global de consumo, que esgota os recursos naturais e amplia as desigualdades.

Produção em massa, extração sem limite e desperdício em escala mundial criam um ciclo que alimenta o desmatamento, a poluição e o aquecimento do planeta.

Mudar esse padrão é visto como o primeiro passo para qualquer transformação ambiental duradoura.

Na sua opinião, qual será o maior desafio ambiental para o planeta em 2050?

O ano de 2050 virou símbolo da corrida global contra a crise climática.

É o prazo que a maioria dos países definiu para zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa. Mas esse também é o ponto em que o planeta pode ultrapassar o limite de 2 °C de aquecimento, caso não haja cortes drásticos nas emissões.

Para os especialistas ouvidos pelo g1, o alerta é claro: os próximos 25 anos serão decisivos para o clima.

Você acha que ainda há tempo para reverter os piores impactos da crise climática?

Em meio a tantos alertas e metas, sobra uma dúvida que move todos os debates: ainda dá tempo de mudar o destino do planeta?

A maioria dos especialistas ouvidos pelo g1 são céticos sobre isso. Para eles, o relógio climático está em contagem regressiva, e a diferença entre esperança e desastre está na velocidade da reação global.

Em uma escala de 0 a 10, qual é o seu nível de otimismo em relação ao compromisso dos países mais desenvolvidos com ações para mitigar o aquecimento global?

As maiores economias do planeta foram as que mais emitiram gases de efeito estufa nos últimos séculos e, por isso, têm responsabilidade histórica na crise climática.

Mesmo assim, o avanço das metas tem sido desigual: grandes emissores têm atrasado compromissos, reduzido metas e até saído de acordos internacionais.

O levantamento mostra que quem acompanha o tema de perto tem pouca confiança de que esses países assumam o protagonismo necessário — um sinal de alerta para o futuro do planeta.

As personalidades por trás da pesquisa

Veja abaixo quais personalidades participaram deste especial

  • Roopali Phadke – Pesquisadora de política ambiental (ÍNDIA)
  • Daniel Jacob – Espcialista em química atmosférica e professor em Harvard (EUA)
  • Rashid Sumaila – Especialista em economia dos oceanos, ganhador do Tyler Prize, o Oscar de Meio Ambiente (NIGÉRIA)
  • Paulo Artaxo – Coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável da USP (BRASIL)
  • Sergio Franklin – Pesquisador sobre economia ambiental no MIT e colaborou no relatório do IPCC. (BRASIL)
  • Susanna Hecht – Professora da Universidade da Califórnia (UCLA) e uma das criadoras da abordagem analítica da Ecologia Política (EUA)
  • Marcus Jorge Bottino – Pesquisador em Meteorologia no Inpe (BRASIL)
  • Johan Rockström – Pesquisador que é referência mundial por seu trabalho sobre sustentabilidade global ganhador do prêmio Tyler Prize (SUÉCIA)
  • João Paulo Ferreira – CEO da Natura, empresa referência em sustentabilidade (BRASIL)
  • Eduardo Brondizio – Pesquisa Antropologia Ambiental e ganhou o prêmio Tyler, conhecido como Oscar de Meio Ambiente em 2025 (BRASIL)
  • Jose Marengo – Pesquisador mais citado do país em Geociências (PERU)
  • William Laurance – Um dos mais renomados pesquisadores sobre Amazônia e membro da academia nacional de ciências do Reino Unido (AUSTRÁLIA)
  • Carlos Afonso Nobre – Principal nome na ciência climática no país (BRASIL)
  • Marcia Barboza – Pesquisadora sobre recursos hídricos reconhecida pela ONU Mulheres como uma das sete cientistas que moldam o mundo (BRASIL)
  • Regina R. Rodrigues – Pesquisadora sobre oceanos na Organização Meteorológica Mundial (OMM) (BRASIL)
  • Alyssa Findlay – Editora Sênior da revista Nature, uma das mais renomadas revistas científicas no mundo (ALEMANHA)
  • Sonia Guajajara – Ministra dos Povos Indígenas do Brasil (BRASIL)
  • François Morillion – Co-CEO da Veja (FRANÇA)
  • Luiza Helena Trajano – Presidente do Conselho do Magazine Luiza (BRASIL)
  • Kongjian YU – Arquiteto que criou o conceito de cidade esponja (CHINA)
  • Laurent Lebreton – Líder de pesquisa da empresa Ocean Cleanup, que tem como meta limpar o plástico dos oceanos (NOVA ZELÂNDIA)
  • Helena Rizzo – Chef de Cozinha que tem como pilar de sua gastronomia a sustentabilidade (BRASIL)
  • Fatou Jeng – Jovem ativista climática e ex-assessora do secretário geral da ONU (GÂMBIA)
  • Alok – DJ e líder do programa Planeta Verde, que restaura áreas degradadas na Amazônia (BRASIL)
  • Cacique Raoni Metuktire – Liderança do povo Mebêngôkre (Kayapó) e conhecido internacionalmente por sua luta pela preservação da Amazônia (BRASIL)
  • Brian Soden – Pesquisador sobre ciência atmosférica entre os mais citados em relatórios do IPCC. (EUA)
  • Izabella Teixeira – Ex-ministra do Meio Ambiente (BRASIL)
  • Ed Hawkins – Cientista Climático que criou as listras do clima, uma ferramenta de visualização de dados que usa barras coloridas para mostrar o aquecimento da Terra (INGLATERRA)
  • William Magnusson – Pesquisador no Inpa e esteve na lista dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo (AUSTRÁLIA)
  • Marina Hirota – Pesquisadora sobre Amazônia com publicações na Nature (BRASIL)
  • Mercedes Bustamante – Pesquisadora sobre Mudanças Climáticas, ex-presidente da Capes e membro da Academia Brasileira de Ciências (BRASIL)
  • Maria Fernanda Lemos – Pesquisa adaptação às mudanças climáticas e e coautora de relatório do IPCC expõe diretrizes para enfrentar as mudanças do clima. (BRASIL)
  • Tamara Klink – Mais jovem brasileira a fazer a travessia do Oceano Atlântico e debate os impactos da mudança do clima no Ártico (BRASIL)
  • Fonte: https://g1.globo.com/meio-ambiente

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