Coletivo In-Flow Organiza evento no Parque Cidade

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Cultura do Deslocamento, nomenclatura esta ainda pouco difundida no Brasil, engloba três disciplinas: Parkour, Freerunning e Art du Déplacement. Ela possui uma trajetória histórica complexa e diretamente relacionada ao contexto globalizado. A sua A rápida proliferação midiática pela vinda da internet, em conjunto dos seus canais de comunicação, fizeram com que estas práticas assumissem uma posição multidimensional. Os primeiros traços referentes ao desenvolvimento da prática se apresentam em meados da década de 80, momento em que um grupo de jovens decide progredir com suas brincadeiras de infância, utilizando do exercício físico para conquistar um corpo forte. (Henry, 2017). Interessante perceber que este movimento surge de forma orgânica, em meio a lideranças jovens que acreditavam na possibilidade de transformar suas vidas através das práticas corporais, treinavam para poder fugir de seus guetos, desafiando-se de forma física e mental (Daniels, 2006). Esta prática, advinda de jovens da periferia de Paris, nasce e é demarcada pela resistência e pela busca da transformação sócio-política local, se utilizando de seus corpos para se apropriar dos espaços públicos e ressignificá-los (Santandreu; Novo, 2019). Parte dessa práxis é abordada aqui por Fernandes (2015, p. 27), trazendo mais um olhar para esse movimento: A disciplina desperta a cidadania dos praticantes que ocupam áreas públicas e aprendem a valorizá-las como um bem que dependem para a sua prática (Stramandinoli et al., 2012). Diante de suas características, a prática contribui para a consciência e a formação de um senso de responsabilidade e confiança nos praticantes. Desse modo, o praticante pretende ser autossuficiente, forte, saudável, honesto, sincero, disciplinado, focalizado, criativo e útil para os outros.