
Comitê de política Monetária (Copom), se reuni hoje (18) para definir a taxa Selic, nas últimas seis reuniões o Copom optou por subir os juros chegando a 14,75%.
O Banco Central fez pesquisa na semana passada com mais de 130 instituições financeiras, que acredita que o cenário possibilita uma interrupção no ciclo de alta dos juros. Mas, o mercado financeiro está dividido sobre a decisão do Banco Central.
O IPCA de maio de maio deu uma desaceleração desperança de que talvez o pior do processo inflacionário tenha ficado para trás. Devemos observar oscilações [na inflação] com viés de baixa, de modo que o IPCA feche 2025 em 5,30%”, avalia o sócio e economista chefe da G5 Partners, Luis Otávio Leal.
“Com isso, temos reforçada a nossa percepção de que o Copom não vai elevar os juros na sua próxima reunião, com a Selic sendo mantida em 14,75% ao ano até pelo menos o final de 2025”, prossegue o especialista.
Mas, há bancos que acreditam um novo aumento na taxa básica da economia- para 15% ao ano.
“O Comitê deve justificar a última elevação de juros diante do cenário marcado por ‘desancoragem’ das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, analisou o C6 Bank, por meio de comunicado.
Para o 6C Bank o Copom deve levar em conta a necessidade de perseverar com uma política monetária com juros altos até que se consolide a deflação e a ancoragem das expectativas nas metas inflacionarias.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.
A meta de inflação para 2025 tem o objetivo de 3% com uma margem de oscilação entre 1,5% e 4,5%., O Banco Central defini a taxas de juros olhando para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços dos últimos meses.
Efeitos na economia
Crescimento da economia: com juros mais altos, a expectativa é de um comportamento mais contido do consumo da população e, também, de mais dificuldades nos investimentos produtivos. Isso deve causar um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB), no emprego e na renda.
Piora das contas públicas: juros mais altos também desfavorecem as contas públicas, pois aumentam as despesas com juros da dívida pública. Em doze meses até abril, a despesa com juros do setor público somou R$ 928 bilhões (7,7% do PIB), impulsionando o endividamento brasileiro.
Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, teriam um rendimento maior, com o passar do tempo, do que seria registrado com juros mais baixos. Isso diminui a atratividade do mercado acionário. Fonte: g1.globo.com
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