
Condenada a 10 anos de prisão pelo Superior tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), deixou o Brasil, e afirmou que vai pedir afastamento do cargo de deputada.
“Estou fora do Brasil há alguns dias”, disse a deputada, em entrevista para a rádio bolsonarista Auriverde nesta manhã. A deputada foi acusada de invadir os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça, com a intenção de propagar notícias falsas). A Primeira Turma da Corte a condenou por unanimidade pelos crimes de falsidade ideológica e invasão ao sistema do CNJ.
“Vou me basear na Europa, tenho cidadania europeia”, disse. Ela ainda negou que esteja abandonando o país. “Gostaria de deixar evidente que não é um abandono do país. Muito pelo contrário, é resistir, é continuar falando o que eu quero falar”, declarou.
Na denuncia contra Zambelli consta que ela atuou em conjunto com o hacher Walter Delgatti Neto que planejou um ataque virtual que inseriu no Sistema do CNJ decisões jurídicas forjadas com o trecho: “Expeça-se o mandato de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique—se, intime-se e faz o L”, diz o documento falso.
A deputada estava com o passaporte em mãos, e não havia um mandato de prisão aberto. Seu passaporte chegou a ser apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, em 2023, foi devolvido depois que o Supremo decidiu que a Zambelli não impedimento para viajar.
Em janeiro a deputada teve seu mandato cassado pelo TRE-SP por desinformação eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu cassar o mandato da deputada por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão, tomada por órgão colegiado, está suspensa enquanto o recurso tramita no TSE.
Descubra mais sobre NJ Notícias
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.