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Guerras atuais e o papel da ONU: uma reflexão necessária

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Professor Israel Aparecido Gonçalves

Israel Aparecido Gonçalves

A comunicação de massa permite que a maioria das pessoas no Brasil tenha conhecimento do que está ocorrendo no mundo. Estamos em um período de muitos conflitos: Rússia versus Ucrânia (2022-atual), Israel versus Gaza (2023-atual) e Israel versus Irã (2025). Em outros momentos, já tivemos grandes guerras, como a Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1955-1975), o conflito Irã-Iraque (1980-1988) e as guerras entre Índia e Paquistão (1965 e 1971). Diante de conflitos que matam pessoas inocentes e violam os Direitos Humanos, cabe perguntar: qual é o papel da ONU?

A Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em 1945, não tem poder efetivo para impedir uma guerra. Quando o Iraque atacou o Irã, em 1980, praticamente nada foi feito; em 2001, os EUA invadiram o Afeganistão sem autorização prévia da ONU, embora depois tenha ocorrido um debate no Conselho de Segurança da organização.

Na guerra Irã-Iraque (1980-1988), a ONU limitou-se, inicialmente, a aprovar resoluções pedindo que as partes respeitassem as fronteiras. Somente em 1987, com a Resolução 598, aprovou um cessar-fogo, que só foi efetivamente implementado em agosto de 1988.

Já na Guerra do Golfo (1990-1991), quando o Iraque invadiu o Kuwait, a ONU aprovou formalmente uma intervenção militar. Nesse caso, 34 países se uniram para expulsar as tropas iraquianas e restaurar a soberania do Kuwait.

No caso do Afeganistão, embora não tenha havido autorização formal para a invasão, o poder político e econômico dos EUA no Conselho de Segurança garantiu que sua ação fosse legitimada como legítima defesa, em razão dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

O que causa perplexidade é a falta de vontade política da ONU em condenar explicitamente o genocídio que ocorre em Gaza desde 2023, bem como a ausência de pressão efetiva para que as partes envolvidas cessem fogo. Os EUA já demonstraram que a via militar pode resolver temporariamente algumas questões políticas, mas essa não é uma solução definitiva para que a paz prevaleça.

Israel Aparecido Gonçalves é cientista político e escreve sobre Relações Internacionais, Conflitos e Direitos Humanos. Atualmente é doutorando em Sociologia e Ciência Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é graduado em História e Filosofia. Organizou mais de 20 livros nas áreas de Educação e Ciências Humanas e possui 131 artigos de opinião publicados em diversos sites e jornais do país. Seu livro mais recente é “Sociologia e Direito – Volume 3”, lançado pela Editora Periodicojs em 2025.

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