
Com 85% da colheita do café arábica brasileiro já o tipo mais comprado pelos EUA, segundo dados da consultoria Safras e Mercados. A partir deste mês, ele começa a ficar disponível para exportação, e boa parte ainda não foi negociada.
A China autorizou 183 empresas brasileiras a exportarem café para o país, segundo a embaixada chinesa no Brasil. O anúncio foi feito no sábado (2) pelas redes sociais.
A medida começou a valer em 30 de julho e beneficia os exportadores brasileiros, que foram afetados pela nova tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última semana.
Com essa abertura de mercado para a China poderá beneficiar o produto brasileiro, enquanto não se tem um acordo com o governo de Donald Trump, ou seja, se os Estados Unidos não querer nosso café os chineses querem.
As novas licenças para exportar café à China têm validade de cinco anos, de acordo com a embaixada.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Já os Estados Unidos compram grandes volumes de carne bovina, suco de laranja e outros produtos brasileiros, além do café.
Em junho, o Brasil exportou 440 mil sacas de café para os Estados Unidos, quase oito vezes mais que as 56 mil sacas vendidas à China. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
A vantagem positiva para os produtores é que o café pode ser armazenado por meses sem perder qualidade, o setor tem margem para aguardar as negociações entre os dois países, ao contrário dos exportadores de produtos como frutas e pescados.
Também o que animou os produtores e exportadores brasileiros foi a fala do secretário de comercio norte- americano, Howard Lutnick, sobre a possibilidade de o café entrar numa categoria de produtos com tarifa zero de importação.
Outro ponto a favor dos exportadores é a relevância do café brasileiro para os Estados Unidos, maiores consumidores da bebida no mundo e com pouca produção.
Fonte:g1.globo.com/economia/agronegocios
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